Primeira Cena Suspeita

Já tentei fazer esta série de matérias com análises de clássicos do terror e suspense há quase dois anos em outro blogue para o qual escrevia… Mas não consegui leva-la como planejei até o final. Inclusive uma das primeiras matérias aqui foi exatamente uma analise de um destes filmes.

Então, acho que chegou a hora de prosseguir com esta temática e deixar o sangue fluir junto com as ideias… As postagens do blogue não se resumirão somente a isto daqui por diante, mas pretendo que este seja um assunto mais frequente.

Sabe aquele filme que você tinha medo na infância quando ouvia falar e depois na adolescência aquela curiosidade de assistir ou alugar na locadora (coisa que na época existia) para assistir sozinho à noite ou assustar alguém no escuro…

Aquele que te deixava tenso na primeira cena suspeita ou de morte, ou esperando alguém morrer nas conversas e notícias de mal agouro que sempre pairavam na trama, te fazia se envolver com a vida dos personagens, se sentir em casa na casa deles ao decorrer da história, e torcer pela mocinha como se entrasse na tela no final com a “grande cena da perseguição”…

Aliás, faz bem lembrar que são filmes onde certamente se apegar demais a um personagem não era boa ideia, uma vez ele poderia ter a garganta cortada na próxima cena, pois  nunca se sabia quem iria chegar vivo até a passagem dos créditos finais…

Pois bem, irei à partir de hoje com frequência abrir as portas do porão e trazer de lá um filme a ser apresentado e analisado, um  clássico do suspense e terror daquelas que considero as melhores épocas deste estilo: as décadas de 1970 – quando a juventude ganhou de vez o protagonismo no gênero, 1980 – quando o gênero se tornou popular e o sangue das vítimas dos assassinos seriais da década anterior escorria para deixar para sempre sua marca na sétima arte, 1990 – quando o estilo se consolidou gerando vários títulos memoráveis onde os gritos eram mais altos, o sangue  jorrava com mais força devido ao aperfeiçoamento das técnicas cinematográficas e as mocinhas perseguidas pelos assassinos nos roteiros da década anterior lutavam cada vez mais ativamente contra eles por suas vidas – e o início de 2000 quando ainda restava o resto do sangue esquecido na ponta da lâmina afiada pelas décadas anteriores.

Pretendo passar pelos melhores diretores do gênero, citar as críticas à sociedade americana feitas sutilmente em seus roteiros, trazer algumas impressões minhas do ponto de vista psicossocial ou filosófico e contemplar suas obras assim como o clima assustador de modo nostálgico que a menção delas pode trazer aos fãs do estilo e mesmo àqueles que desejam saber mais ou satisfazer a curiosidade…

Então tal qual aquela primeira cena suspeita ou assustadora em cada filme, esta singela introdução vem preparar a atmosfera do tema e fazer os fãs do seguimento se prepararem para o que está por vir –  para sorrir ou para gritar… Agora, dê uma olhadela para trás, mas não grite! Apenas  veja se não há ninguém à sua espreita com uma faça na mão e acompanhe as postagens futuras. Esta série de matérias finalmente ESTÁ EM CASA!

***AS MATÉRIAS DESTA SÉRIE SAÍRÃO INTERCALADAS COM OUTROS CONTEÚDOS DO BLOGUE

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Nanda Miranda

Sou a antítese do paradoxo com premissas de incerteza e períodos de instabilidade… Nanda Diletante, vulgo Fernanda Miranda -- uma autora, fascinada por histórias sobrenaturais, que costuma compartilha-las no blogue Essência Diletante do Wordpress e no DiletanteCast pelo Spotify … Alguém que outrora já fez filosofia e psicologia, e já organizou e participou de várias antologias literárias, sendo uma de Portugal… Mas após o apocalipse nosso de cada dia tenta não sucumbir num surto coletivo de realidades estranhas. @nandadiletante

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